
Bolsonaro usa reajuste do Bolsa Família para defender aliança com Centrão
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou o reajuste de 50% que deve ser dado ao Bolsa Família para justificar a aliança com o Centrão – bloco que reúne parlamentares de legendas de centro e centro-direita.
Em entrevista à Rádio Arapuan, da Paraíba, nesta segunda-feira (26), o chefe do Executivo afirmou que o governo estudar enviar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o objetivo de realizar o reajuste e, para fazê-lo, explicou Bolsonaro, é necessário o apoio do bloco.
“[Os parlamentares do Centrão] têm sido úteis para nós aprovarmos muita coisa. Por exemplo, nós devemos – não está definido ainda – mandar uma Proposta de Emenda à Constituição para acertarmos a questão do Bolsa Família. Se eu não tiver apoio dos partidos de centro, o Bolsa Família não tem como ser reajustado agora para novembro e dezembro. Pretendemos dar um reajuste de aproximadamente 50% para o Bolsa Família”, declarou o presidente.
A ideia do governo é que, a partir de novembro, após o pagamento das últimas parcelas da prorrogação do auxílio emergencial, o Bolsa Família tenha um valor mínimo de R$ 300. Atualmente os beneficiários recebem, em média, R$ 192.
Casa Civil
Durante a entrevista, Bolsonaro ainda comentou a possível ida de um dos principais chefes do Centrão, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), para o comando da Casa Civil. Os dois devem se reunir nesta semana para acertar os últimos detalhes.
A pasta é uma das de maior prestígio dentro do governo, funcionando como uma espécie de coordenação-geral das atividades de cada administração.