
Pela primeira vez em 6 anos, cartórios do Recife registram mais mortes do que nascimentos por 3 meses seguidos
Pela primeira vez em seis anos, os cartórios do Recife registraram mais óbitos do que nascimentos, por três meses seguidos. Os dados são do Portal da Transparência do Registro Civil. Segundo os registradores, esse fato coincide com o aumento de mortalidade na pandemia.
Entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019, em nenhum mês, a capital pernambucana tinha registrado mais mortes que nascimentos.
Em março de 2021, o portal apontou 2.200 nascimentos e 2.210 mortes na capital pernambucana. Em abril, 2.177 nascimentos foram registrados, enquanto 2.263 atestados de óbitos foram emitidos na cidade.
Ainda segundo dados do portal, em maio de 2021, o Recife teve 1.669 nascimentos registrados. Um número 29% menor do que o total de óbitos notificados, que foi de 2.155.
Em 2020, isso aconteceu apenas em maio. O portal mostra 2.039 registros de nascimento e 2.979 notificações de óbitos. Maio de 2020 é considerado o mês do primeiro pico de mortes pela Covid-19.
“O mais comum é que tenhamos um número muito mais elevado de nascimentos que de óbitos. Observamos isso em vários municípios”, relata Renata Cortez, registradora civil da Praia da Conceição, em Paulista, Região Metropolitana do Recife.
Além do Recife, outros 21 municípios pernambucanos registraram mais mortes que nascimentos nos cartórios em maio de 2021.
São eles: Santa Cruz e Triunfo, no Sertão; Alagoinha, Bezerros, Bom Jardim, Cumaru, Frei Miguelinho, Jurema, Orobó, Paranatama, Passira, Poção, Saloá, Santa Maria do Cambucá e Surubim, no Agreste.