
Pente-fino e prova de vida do INSS devem cortar R$ 2,5 bi em benefícios
A recomposição parcial da verba destinada à Previdência no Orçamento de 2021 e a resistência de parte do governo em criar um novo pente-fino não vão impedir cortes de benefícios pagos pelo INSS ao longo deste ano.
Para cumprir a sua previsão de gastar R$ 707 bilhões com a Previdência, a gestão do presidente Jair Bolsonaro estima cortar R$ 5,7 bilhões em despesas do setor em relação ao que o próprio governo havia previsto.
Do total economizado, R$ 2,5 bilhões virão de cancelamentos de pagamentos a beneficiários, segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
A maior parte, quase R$ 1,9 bilhão, será obtida com cortes realizados por meio da prova de vida e do Programa Especial para Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade, que é o pente-fino contínuo que o governo já vinha passando em aposentadorias e pensões.
Além disso, o governo também prevê cancelar R$ 591 milhões em pagamentos de auxílios-doença e aposentadorias por invalidez por meio do Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade (PRBI), que também é um tipo de pente-fino voltado para esses benefícios.
O órgão ainda informou que, para chegar ao valor a ser economizado, “houve a revisão das projeções anteriores, a partir da análise do comportamento das concessões dos benefícios previdenciários”.